A disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos, com diversos nomes se lançando como pré-candidatos, o que tem gerado grande movimentação política. Surpreendentemente, a eleição para o Governo do Estado, que tradicionalmente atrai mais atenção, até agora não tem despertado o interesse de muitos candidatos, o que dá destaque à corrida para o Senado.
Contudo, para os pré-candidatos, a maior dificuldade não está na falta de interesse, mas na falta de estrutura partidária. O ex-deputado estadual Capitão Contar, por exemplo, filiado ao PRTB, enfrenta dificuldades devido ao pequeno tamanho de sua sigla. O partido, com pouco tempo e recursos na propaganda eleitoral, corre o risco de não sobreviver às próximas eleições, caso não se funde com outra legenda. Contar, que já anunciou a intenção de concorrer, sabe que precisará de uma estrutura mais robusta para viabilizar sua candidatura.
Situação semelhante vive o deputado federal Geraldo Resende (PSDB). Apesar de também já ter declarado sua intenção de disputar o Senado, Resende enfrenta a concorrência interna dentro do PSDB, que já tem como pré-candidato o ex-governador Reinaldo Azambuja. O deputado precisaria que Azambuja deixasse o partido ou se transferisse para outra sigla, como o PL, para viabilizar sua candidatura.
Em meio a esse cenário, o Republicanos surge como uma possível alternativa para quem ainda não tem partido ou estrutura para competir. O presidente estadual do partido, Antônio Vaz, afirmou que a legenda está em busca de nomes fortes para a disputa de deputado federal. Questionado sobre a possível filiação de Contar, Vaz se mostrou receptivo, reconhecendo o ex-deputado como uma boa opção tanto para a Câmara Federal quanto para o Senado.
O Republicanos, que ocupa o sexto lugar entre os partidos com maior tempo e recursos para a campanha, é uma das opções mais viáveis para candidatos que enfrentam dificuldades com siglas menores. No topo da lista, está o PL, seguido pela federação PT, PCdoB e PV, PP, União Brasil e PSD. O número de deputados federais eleitos por cada partido define o tempo de televisão e os recursos para a campanha, o que pode ser um diferencial crucial para os candidatos.
Com tantos pré-candidatos e poucos partidos dispostos a oferecer o suporte necessário, a corrida para o Senado em Mato Grosso do Sul promete ser uma das mais intensas e imprevisíveis da história recente do estado.
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*Com informações Investiga MS