A senadora Tereza Cristina (PP), de Mato Grosso do Sul, não hesitou em criticar as medidas anunciadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzir os preços dos alimentos. A parlamentar afirmou que as ações, que incluem a isenção de impostos sobre produtos importados, têm como objetivo principal interesses “políticos e eleitoreiros”, buscando desviar a culpa da inflação para o agronegócio, que, segundo ela, é o setor mais comprometido com a segurança alimentar dos brasileiros.
Tereza Cristina, uma das maiores defensoras do agro no Congresso, ressaltou que o agronegócio sempre foi responsável por garantir alimentos de qualidade durante a pandemia e que não cabe ao governo federal atribuir-lhe a culpa pelo aumento dos preços. "Não há setor que se preocupe mais em garantir fartura e qualidade na mesa dos brasileiros do que o agro. O governo tenta culpar o campo pela carestia em vez de corrigir seus próprios erros", afirmou, destacando ainda que a verdadeira redução nos preços virá com a supersafra prevista para os próximos meses, e não com importações ou medidas superficiais.
A senadora também criticou a postura do governo ao buscar soluções paliativas, como a isenção de impostos sobre uma série de alimentos importados, incluindo milho, café, óleo de girassol e carne. Para ela, essa tentativa de aliviar os custos ao consumidor não resolve as causas estruturais da inflação, como o desequilíbrio fiscal gerado pela gestão do governo.
Por outro lado, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu as medidas, alegando que a redução de tarifas ajudaria a diminuir os preços sem prejudicar os produtores nacionais. Porém, para Tereza Cristina e muitos membros do agronegócio, as soluções propostas são apenas uma "cortina de fumaça", com objetivos claramente eleitorais, que não resolverão a inflação dos alimentos a longo prazo.
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