O Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta uma batalha interna que pode definir os rumos de sua liderança e a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário político. A disputa pela presidência da legenda revelou um racha profundo na corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), que há anos domina o partido.
O nome apoiado por Lula, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, enfrenta forte resistência dentro do grupo. Críticas a sua capacidade de liderança e ao desempenho eleitoral do PT no Sudeste, especialmente em sua cidade natal, onde não conseguiu eleger seu sucessor, enfraquecem sua candidatura.
Washington Quaquá, vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, foi categórico em rejeitar Edinho: “Se precisar, lanço minha candidatura. [Edinho] é uma figura sem expressão e incapaz de dialogar com o centro.”
O cenário se agrava com a saída de Gleisi Hoffmann da presidência da sigla para integrar o governo Lula, gerando uma lacuna de poder que o senador Humberto Costa tenta preencher como presidente interino. Contudo, sua gestão temporária trouxe novos desafios, incluindo a necessidade de revisar filiações em massa ao partido e a condução de debates obrigatórios entre os candidatos, com potencial para aprofundar divisões.
Nos bastidores, nomes como Romênio Pereira, Rui Falcão e José Guimarães emergem como alternativas para uma liderança que busque conciliar o partido e evitar que as críticas internas transbordem para o público, ameaçando a unidade da sigla.
Com 1,6 milhão de filiados aptos a votar, o PT precisa definir seu próximo dirigente até o fim de abril, prazo para o registro de candidaturas. A indefinição, no entanto, escancara a dificuldade de Lula em unificar seu partido em meio a um ambiente de tensão crescente.
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*Com informações Metrópoles