Sexta, 05 de Setembro de 2025
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Câmara de Campo Grande rejeita gratuidade no transporte para vítimas de violência: uma derrota para a causa feminina

Decisão acirrada no mês das mulheres levanta críticas sobre prioridades e compromisso com políticas públicas

19/03/2025 às 08h19
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Izaias Medeiros
Foto: Izaias Medeiros

Em uma sessão marcada por debates acalorados e emoções à flor da pele, a Câmara Municipal de Campo Grande manteve, nesta terça-feira (18), o veto ao projeto que previa transporte público gratuito para mulheres vítimas de violência. A proposta, defendida como essencial por seus apoiadores, foi rejeitada por 13 votos a 12, frustrando as expectativas de quem esperava avanços no apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT), autora do projeto, destacou que a medida era uma tentativa de oferecer um alívio para mulheres sem recursos financeiros, possibilitando que elas buscassem o atendimento necessário. "Não estamos falando de luxo, mas de dignidade e socorro", declarou a parlamentar, visivelmente emocionada.

Apesar do apelo, vereadores como Beto Avelar (PP), líder do Executivo, justificaram o veto apontando a inconstitucionalidade da proposta, alegando que a Câmara não pode criar despesas para o Executivo. Outra preocupação levantada foi o risco de segurança que as mulheres poderiam enfrentar nos pontos de ônibus.

Do outro lado, parlamentares contrários ao veto, como Junior Coringa (MDB) e Fábio Rocha (União Brasil), criticaram a decisão. Para eles, a manutenção do veto demonstra falta de sensibilidade em relação à luta feminina, especialmente no mês em que se celebra a força e a resistência das mulheres. "Se todos fizessem sua parte, não estaríamos discutindo se uma gota pode ou não apagar um incêndio, mas como podemos juntos resolver esse problema", declarou Rocha.

A decisão dividiu opiniões e trouxe à tona a dificuldade em aprovar medidas que, embora simbólicas, representam um alívio imediato para quem sofre com a violência. Enquanto isso, o debate sobre as responsabilidades do poder público e a luta por mais apoio às vítimas segue em pauta, deixando a sensação de que a batalha está longe de terminar.

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*Com informações Investiga MS

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