Sexta, 05 de Setembro de 2025
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PT em crise: Disputa pelo comando da sigla pode definir rumos do partido até abril

Racha interno revela tensões sobre cargos e poder, enquanto Lula tenta costurar apoio a Edinho Silva para presidência do PT

21/03/2025 às 10h38
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um momento de crise interna, com a disputa pela presidência da sigla ganhando contornos dramáticos. A alta cúpula do partido busca uma solução até o início de abril, após um processo conturbado para escolher o substituto definitivo de Gleisi Hoffmann no comando da legenda. O nome de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e apadrinhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganha força, embora ainda enfrente resistência de setores influentes dentro da sigla.

Integrantes da Executiva Nacional petista, alinhados à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), já iniciaram discussões internas sobre a eleição e esperam consolidar apoio a Edinho nos próximos dias. A avaliação interna é de que a maioria dos dissidentes acabará cedendo, não desafiando a orientação de Lula. Contudo, o pano de fundo da disputa está longe de ser apenas ideológico: o controle da Executiva Nacional e, principalmente, cargos estratégicos como a Secretaria de Finanças, responsável pelos fundos partidários e eleitorais, é o que está em jogo.

A resistência de grupos ligados a Gleisi Hoffmann é visível. Além da disputa por cargos, há um claro temor de perda de influência nas decisões financeiras do partido. A Secretaria de Finanças, hoje sob o comando de Gleide Andrade, é especialmente cobiçada, já que quem ocupa essa posição recebe salário equivalente ao de um deputado federal. Nos bastidores, Edinho Silva resiste à ideia de reconduzir Gleide Andrade para o cargo, o que tem alimentado ainda mais a tensão.

Ontem, a direção do PT reuniu-se para aprovar a indicação de Humberto Costa para o cargo de presidente interino do partido, após a saída de Gleisi para assumir a articulação política do governo. O mandato tampão de Costa seguirá até a eleição interna marcada para julho deste ano, mas até lá, as disputas internas prometem intensificar a crise dentro do PT. A solução para o impasse está cada vez mais perto, mas a pressão por uma divisão justa dos cargos pode ser a chave para evitar um racha definitivo.

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*Com informações CNN

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