Sexta, 05 de Setembro de 2025
Publicidade

Governo recua e abandona tentativa de destituir o PL da Comissão de Justiça da Assembleia

Batalha interna fracassada: o PL mantém seu posto na principal comissão, após reviravolta com a saída de Lucas de Lima

26/03/2025 às 11h06
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul viveu mais um episódio de instabilidade política nesta semana, quando deputados dos blocos governistas ensaiaram uma manobra para retirar o Partido Liberal (PL) da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), a mais importante da Casa. No entanto, a tentativa de mudança de composição não se concretizou, e o PL manteve seu assento, por ora, na comissão.

A crise teve início com a filiação do deputado Lucas de Lima ao PL, garantindo ao partido a vaga na CCJ. No entanto, a trama se complicou quando Lucas, após autorização do Tribunal Regional Eleitoral, deixou o PDT e entrou para o PL. A manobra foi interrompida quando o partido recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reverteu a decisão, forçando a desistência de Lucas de sua filiação ao PL.

Com a saída de Lucas, surgiram discussões sobre a permanência de Neno Razuk (PL) na comissão. Deputados dos blocos governistas chegaram a ameaçar cobrar a vaga do PL, mas até o momento, a reclamação não foi formalizada. A situação expôs uma fragilidade política, com os governistas jogando uma carta que, ao ser descartada, mostrou um desalinhamento nas estratégias internas.

O cenário gerou uma reviravolta. Sem Lucas, o PL perde a quantidade mínima de deputados para garantir sua vaga na CCJ, que passa, então, a ser disputada pelos blocos governistas. A única maneira do PL manter sua posição seria formar um novo bloco com o PT, partido com o qual mantém uma rivalidade histórica. Contudo, essa aproximação é improvável devido ao clima de hostilidade entre as siglas.

Atualmente, a CCJ segue com os deputados Pedro Caravina (PSDB), Paulo Duarte (PSB), Pedrossian Neto (PSD), Júnior Mochi (MDB) e o próprio Neno Razuk (PL), que ainda detém sua vaga, mas está à mercê de uma reconfiguração política que deve definir os próximos passos da comissão.

Essa batalha interna deixa claro que, embora os blocos governistas tenham avançado em algumas disputas, a articulação política dentro da Assembleia continua a ser um jogo de xadrez, com alianças e desavenças definindo a composição das comissões e o futuro do governo estadual.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais. 

*Com informações Investiga MS

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários