A Câmara Municipal de Campo Grande está prestes a viver um período de intensa investigação com a possibilidade de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em funcionamento ao mesmo tempo. Além da CPI do Ônibus, que já está em andamento, um novo requerimento pode ser protocolado, desta vez para investigar a grave situação financeira da Santa Casa.
O vereador Rafael Tavares (PL) é o responsável pela elaboração do requerimento e está colhendo as assinaturas necessárias para que a CPI seja aberta. Ele justifica a necessidade de investigação citando as denúncias de médicos, que alertam para o risco iminente de morte de pelo menos 70 pacientes internados devido à superlotação no hospital. "O colapso financeiro que vive a Santa Casa é um problema recorrente, e é preciso saber para onde estão indo os recursos e como estão sendo feitos os contratos", declarou Tavares.
A possível CPI vai apurar a gestão financeira do hospital, principalmente em relação aos repasses de dinheiro públicos e os custos envolvidos, incluindo a compra de insumos. Tavares acredita que a investigação poderá apontar soluções para evitar que o serviço da Santa Casa, essencial para a saúde de Campo Grande, entre em colapso.
O vereador precisa de 10 assinaturas de outros parlamentares para formalizar o pedido. Caso consiga, o requerimento será encaminhado para análise da procuradoria da Câmara, que avaliará a viabilidade da abertura da CPI.
Recentemente, a Santa Casa de Campo Grande emitiu um ofício solicitando que não sejam mais recebidos pacientes, devido à superlotação, especialmente no pronto socorro. Com capacidade para atender até 13 pacientes, a unidade estaria recebendo cerca de 80, o que agrava ainda mais a situação. Médicos do hospital registraram boletim de ocorrência para alertar sobre a calamidade e os riscos à saúde dos pacientes.
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*Com informações Investiga MS
