O Partido Liberal (PL) elevou a pressão na Câmara dos Deputados e ameaça uma “obstrução de verdade” caso o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não acelere a tramitação do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A estratégia pode travar votações importantes da pauta legislativa, mas governistas minimizam o impacto.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a mobilização iniciada na semana passada foi apenas o começo. O partido exige que Motta paute o requerimento de urgência até quinta-feira (3), sob risco de endurecer a obstrução e comprometer o funcionamento da Casa.
A ofensiva ocorre após a Primeira Turma do STF tornar Jair Bolsonaro (PL) réu por tentativa de golpe de Estado. No entanto, deputados ligados ao governo garantem que as ameaças do PL não preocupam e que a Câmara seguirá com suas atividades.
Hugo Motta enfrenta um dilema: ceder à pressão do PL e pautar a urgência, contrariando sua promessa de evitar esse regime sem consenso, ou manter a resistência e lidar com a paralisação das votações. Nos bastidores, aliados do presidente da Câmara indicam que a obstrução pode prejudicar mais as comissões do que o plenário, enfraquecendo o impacto da ameaça.
O impasse deve ser decidido nesta terça-feira (1º), quando os líderes partidários se reúnem para definir os rumos da tramitação do projeto.
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