
O ato contra o PL da Anistia, liderado pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), revelou fissuras dentro da esquerda e gerou preocupação entre dirigentes petistas. Convocado uma semana antes da manifestação pró-anistia na Avenida Paulista, o protesto foi considerado um "erro" por integrantes do PT, que temem comparações desfavoráveis com a mobilização da direita.
Sem a presença de lideranças nacionais, ministros ou governadores, o evento reuniu apenas nove deputados e contou com o apoio dos presidentes locais do PT, PCdoB e PSOL. Para parte da esquerda, o mote “sem anistia” pode confundir a população e afastar apoiadores. O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, figura histórica na luta pela anistia de 1979, sugeriu que a campanha adotasse “sem perdão para golpistas” para evitar ruídos.
Boulos, no entanto, defendeu o tom da manifestação e minimizou possíveis comparações de público. “Não podemos deixar as ruas para os bolsonaristas”, afirmou. Já Orlando Silva (PCdoB-SP) admitiu que o tema da anistia não mobiliza a sociedade, mas sim os grupos políticos.
Nos bastidores, a avaliação é que o movimento pode acabar reforçando a narrativa da direita, que promete um grande ato na mesma Avenida Paulista nos próximos dias.
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*Com informações CNN