O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que existe a possibilidade de ser preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que o país vive uma "completa insegurança jurídica". A declaração foi dada em entrevista à rede AuriVerde, em meio a um novo avanço das investigações contra ele.
A manifestação de Bolsonaro ocorre após o ministro Alexandre de Moraes encaminhar à Procuradoria-Geral da República (PGR) um despacho solicitando a análise sobre a necessidade de sua prisão preventiva. O pedido se baseia em uma notícia-crime que acusa o ex-presidente de obstrução de Justiça, incitação de crimes contra as instituições democráticas e coação no curso do processo.
"Até já avisei quem trabalha comigo, dirigindo meu carro, para nem passar perto de embaixadas. Alguns me criticaram lá atrás, achando que eu ia fugir para a Embaixada da Hungria. A possibilidade [de prisão] existe. Nós vivemos uma completa insegurança jurídica", declarou Bolsonaro.
Apesar da movimentação no STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda não se manifestou sobre o caso. Enquanto isso, Bolsonaro e outros sete aliados — entre militares e ex-ministros — já respondem criminalmente após a aceitação da denúncia por tentativa de golpe e outros crimes. O processo seguirá sem sigilo no Supremo, e a defesa do ex-presidente poderá arrolar até 40 testemunhas para depor a seu favor.
A lista de acusações contra Bolsonaro inclui crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio da União. Agora, ele aguarda a citação oficial para apresentar sua defesa, enquanto aliados monitoram os próximos passos do STF e da PGR.
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