A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a culpar governos passados pela disparada dos preços dos alimentos, ignorando a ineficiência da atual gestão em controlar a inflação e estabilizar a economia. Durante um seminário na Fiesp nesta segunda-feira (31), em São Paulo, Tebet atribuiu a crise ao “falta de planejamento do passado”, desviando-se de responsabilidades sobre o impacto das políticas do governo Lula na economia.
Para a ministra, além dos fatores climáticos, a desvalorização do real e a inflação são reflexos de decisões tomadas há décadas. No entanto, Tebet evitou comentar o papel do atual governo na instabilidade fiscal, no aumento de impostos e na falta de medidas concretas para conter a alta dos alimentos. A população, que sente no bolso o peso do custo de vida, assiste a um discurso repetitivo que exime a gestão atual de qualquer responsabilidade.
Ao citar a Embrapa como “caso de sucesso”, Tebet questionou a ausência de políticas para reduzir o desperdício de alimentos e recuperar pastagens para produção agrícola. No entanto, não apresentou propostas eficazes para solucionar esses problemas. Em vez disso, apontou para o desmatamento na Amazônia como fator para as secas no Centro-Oeste, uma tese que desconsidera o papel da falta de incentivos ao setor produtivo e o aumento da carga tributária sobre o agronegócio.
Outro ponto levantado pela ministra foi a relação entre câmbio e contas públicas, mas novamente sem reconhecer os efeitos das incertezas geradas pelo próprio governo. Com declarações vagas, Tebet evitou explicar como o Executivo pretende reverter a desvalorização do real e minimizar os impactos da instabilidade econômica.
O evento promovido pelo Ministério do Planejamento propõe discutir metas para 2035, 2040 e 2050, mas a fala da ministra reforça a falta de soluções imediatas para os problemas que afetam os brasileiros hoje. Enquanto Tebet se preocupa em projetar o futuro, a população enfrenta um presente de preços altos e poder de compra reduzido, sem respostas concretas do governo.
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*Com informações Jovem Pan