Segunda, 07 de Abril de 2025

Papy assume protagonismo na CPI do Transporte e promete resposta firme à população de Campo Grande

Presidente da Câmara quer investigação sem corporativismo e com resultado concreto sobre falhas no transporte coletivo

04/04/2025 às 11h39
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Neto, o Papy, assumiu publicamente o protagonismo na CPI do Transporte Guaicurus, deixando claro que a investigação não será apenas simbólica, mas uma resposta concreta ao sofrimento da população que enfrenta diariamente a precariedade do transporte coletivo.

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“Campo Grande sofre há anos com um transporte coletivo de baixa qualidade. Essa CPI não será uma caça às bruxas, mas também não será omissa. Vamos cumprir nossa prerrogativa e dar uma satisfação à população com responsabilidade, seriedade e resultado prático”, declarou Papy.

A comissão parlamentar terá 120 dias para apurar três eixos principais:

  • A idade e o estado de conservação da frota utilizada nos últimos cinco anos pela concessionária;

  • O equilíbrio financeiro do contrato, após os subsídios públicos concedidos pela prefeitura por meio das Leis Complementares 519/2024 e 537/2024;

  • A fiscalização realizada pela Prefeitura, através da Agereg e da Agetran, principalmente após a assinatura do Termo de Ajustamento de Gestão com o TCE-MS em 2020.

Papy enfatizou que a CPI será conduzida com debate em alto nível, buscando revelar ao cidadão como o sistema realmente funciona e exigindo das autoridades e da empresa responsabilidade com o dinheiro público e respeito com os usuários.

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“A Câmara é a sede dos debates importantes. Vamos mostrar que o parlamentar municipal tem voz, que cumpre seu papel e que está ao lado da população. O transporte coletivo não pode continuar como está, e a cidade merece uma resposta à altura”, reforçou.

Apoio de vereadores

A posição de Papy tem eco entre outros parlamentares. O vereador Otávio Trad (PSD), por exemplo, afirmou que “a Câmara não pode mais ficar calada diante do colapso do transporte coletivo” e que a CPI “é uma ferramenta legítima para responsabilizar quem falhou”.

Já a vereadora Camila Jara (PT) destacou que “a população precisa saber onde foi parar cada centavo dos subsídios repassados à concessionária”, reforçando a necessidade de transparência total no processo.

Análise final: pressão máxima sobre os bastidores do contrato

A instalação da CPI do Transporte é vista como um divisor de águas na relação entre o Legislativo e os interesses da concessionária. A condução equilibrada, mas firme, liderada por Papy, pode expor contradições antigas, falta de fiscalização e até possível omissão do Executivo.

Ao não se furtar do embate político, o presidente da Casa sinaliza que a Câmara quer resgatar seu papel fiscalizador, historicamente enfraquecido diante de contratos milionários com baixa entrega.

Se a CPI for até o fim com seriedade, como promete Papy, a Prefeitura e a concessionária Guaicurus terão que, finalmente, prestar contas à população que anda espremida em ônibus sucateados e paga caro por um serviço que não entrega dignidade.

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