Com uma trajetória que impressiona até seus adversários, Rose Modesto (União Brasil) está longe de ser carta fora do baralho. Professora de origem humilde, ex-vereadora, vice-governadora e deputada federal por dois mandatos, ela acumulou vitórias construídas com base em trabalho, carisma e um discurso firme voltado às pautas sociais. Mesmo após duas derrotas em disputas majoritárias — para a Prefeitura de Campo Grande e o Governo de Mato Grosso do Sul — Rose quase desbancou estruturas partidárias gigantescas, saindo com votações expressivas que a mantiveram em evidência.
Agora, fora de mandato, ela se move estrategicamente para voltar ao jogo. Nesta semana, deu o passo mais concreto nesse sentido: uma reunião com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com quem já dividiu palanque e trajetória política. O encontro, realizado no apartamento do tucano em Campo Grande, selou o início de uma costura eleitoral que pode recolocá-la na Câmara dos Deputados em 2026. Na mesa, está um pacto pragmático: Azambuja busca apoio para sua candidatura ao Senado, enquanto Rose tenta garantir estrutura e palanque para retornar ao Congresso Nacional.
A reconexão tem força simbólica. Foi ao lado do PSDB que Rose despontou na política estadual, conquistando seu primeiro mandato como vereadora e, depois, como vice-governadora na gestão de Azambuja. O rompimento com o grupo tucano ocorreu quando ela decidiu seguir voo solo, mas os resultados mostraram que, mesmo sem o aparato tradicional, Rose tem base, discurso e força nas urnas. Agora, ela aposta no reencontro com o seu grupo de origem para potencializar essa força.
Além disso, o cenário partidário também joga a seu favor. Caso se concretize a federação entre União Brasil e PP, Rose poderá dividir com os progressistas a formação de uma chapa para a Câmara, escapando da árdua missão de reunir sozinha nomes suficientes para alcançar o quociente eleitoral — uma tarefa cada vez mais difícil na política atual.
Nos bastidores, a avaliação é unânime: Rose tem musculatura política, nome consolidado e, com a aliança certa, pode retornar à Brasília com força renovada. Sua trajetória de superações, sua origem popular e sua experiência em diversas frentes do poder a tornam uma candidata natural à representação do Mato Grosso do Sul em nível nacional. E, desta vez, com um palanque robusto ao lado de Reinaldo Azambuja, ela promete voltar não como coadjuvante, mas como protagonista.
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