O Partido dos Trabalhadores (PT) está a um passo de oficializar sua saída da base de apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB) em Mato Grosso do Sul. A decisão foi precipitada após a declaração do chefe do Executivo estadual, no fim de semana, em defesa da anistia aos presos por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Indignada com a postura do governador, a deputada estadual Gleice Jane (PT) anunciou publicamente sua saída da base governista. “O respeito à democracia e aos direitos fundamentais exige que os culpados sejam devidamente punidos. Sem anistia! Reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, publicou nas redes sociais.
O deputado Pedro Kemp (PT) seguiu na mesma linha e também defendeu o rompimento com o governo Riedel. “Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, disparou.
Com esses posicionamentos, o PT já possui maioria entre seus representantes na Assembleia Legislativa para deixar a base. O deputado Zeca do PT, no entanto, ainda não se pronunciou oficialmente. Ele e o deputado federal Vander Loubet foram os principais articuladores da aliança do partido com Riedel em 2022, que garantiu ao PT algumas indicações em subsecretarias e na Agraer.
Segundo o vice-presidente estadual do PT, Humberto Amaducci, o partido realiza uma reunião nesta segunda-feira (7) para definir oficialmente sua posição.
O desgaste entre o partido e o governo tucano reacende o debate sobre coerência ideológica e o custo político de alianças que ignoram princípios democráticos, especialmente em um contexto de memória recente sobre os ataques às instituições.
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*Com informações Investiga MS