O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), se posicionou publicamente em defesa da aprovação de uma anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Em publicação nas redes sociais, Riedel afirmou que tem dialogado com líderes como o governador Tarcísio de Freitas (SP) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS) sobre o tema, e classificou como necessário rever as penalizações aplicadas aos réus.
“Considero necessário aprovar uma anistia, que em muitos casos também tem caráter humanitário”, afirmou o governador, acrescentando que “não dá para julgar e penalizar com a mesma régua o que é completamente diferente”.
Para Riedel, a pacificação do país passa pela atuação do Congresso Nacional, que segundo ele, “tem obrigação de votar a matéria”. Ele também criticou o que chamou de “excessos do atual momento” na condução das punições. “Não dá pra errar de novo e no mesmo lugar: tentar reparar eventuais excessos cometidos naquele momento com excessos do atual momento”, alertou.
O tucano defendeu ainda o fim do embate ideológico como condição para enfrentar os reais problemas do país. “Temos de olhar para a frente e nos afastarmos da guerra política e dos confrontos ideológicos. É preciso cuidar da agenda do Brasil real, do Brasil verdadeiro”, concluiu.
A declaração de Riedel provocou reações dentro de sua base de apoio, especialmente entre os parlamentares do PT, que cogitam romper com o governo após a fala do governador. Uma reunião do partido está marcada para esta segunda-feira (7) para discutir a permanência na base aliada.
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