A questão da anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro escancarou divisões dentro do PSDB. Apesar do apoio declarado do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, à medida, a bancada federal do partido demonstra estar longe de um consenso.
Riedel, que também se alinha ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e à senadora Tereza Cristina, defende que a anistia é um passo fundamental para "superar a guerra política" e priorizar o enfrentamento de problemas reais do país. Ele argumenta que "não se pode julgar diferentes níveis de envolvimento com a mesma régua".
No entanto, entre os deputados federais do PSDB, as opiniões variam de apoio moderado a oposição ferrenha. Beto Pereira acompanha a posição do governador, vendo na anistia uma solução viável para aliviar tensões.
Por outro lado, Geraldo Resende adota uma postura contrária e veementemente crítica. “É preciso punir de forma pedagógica, mostrando às futuras gerações que a democracia não tolera ataques impunes. Anistia enfraquece a seriedade do sistema jurídico”, destacou.
Dagoberto Nogueira busca um meio-termo, ponderando que pode apoiar a medida em casos de menor gravidade, mas sem abrir mão de punições para quem esteve diretamente envolvido em ações violentas ou tramas contra o presidente Lula. "Não podemos tratar como vítimas aqueles que, de fato, atentaram contra a democracia", afirmou.
A falta de consenso na bancada tucana evidencia os dilemas enfrentados pelo partido, que busca manter relevância política em um momento de fragmentação ideológica no país. Com a proposta de anistia prestes a ser debatida no Congresso, o PSDB caminha em terreno minado, tentando equilibrar suas contradições internas enquanto o Brasil observa atento.
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*Com informações Investiga MS
