O Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, intensifica esforços para destravar o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O alvo principal da estratégia é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, cuja postura tem sido um obstáculo à tramitação da proposta no Congresso.
A resistência de Alcolumbre gerou um impasse direto na Câmara dos Deputados, onde Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa, hesita em pautar o pedido de urgência. Motta teme o desgaste político de avançar com o projeto apenas para vê-lo estagnado no Senado. O cenário expõe um racha entre aliados e aumenta a pressão sobre os líderes conservadores para destravar o processo legislativo.
Parlamentares da oposição já articulam uma reunião com Alcolumbre, prevista para a próxima semana, em uma tentativa de convencê-lo a adotar uma postura mais favorável. Há, inclusive, especulações sobre uma eventual conversa entre Bolsonaro e Alcolumbre, embora tal encontro tenha sido adiado devido aos recentes desdobramentos envolvendo o ex-presidente.
Enquanto isso, o PL conseguiu protocolar o pedido de urgência, mas líderes de outros partidos preferem que a proposta passe primeiro por uma comissão especial. Para a direita, essa alternativa representa um risco de inviabilizar a iniciativa, especialmente diante da possibilidade de recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com o Congresso dividido e o tempo correndo contra os opositores, a batalha pela anistia aos condenados do 8 de janeiro reflete o acirramento político e os desafios de articulação no cenário pós-Bolsonaro.
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*Com informações CNN