Domingo, 14 de Setembro de 2025

AGU pede bloqueio de R$ 18,5 mi de 40 manifestantes presos em Brasília

Advocacia alega que é para ressarcir o patrimônio público

25/01/2023 às 07h48 Atualizada em 25/01/2023 às 11h43
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Órgão solicita bloqueio de imóveis, veículos e valores em contas
Órgão solicita bloqueio de imóveis, veículos e valores em contas

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal do Distrito Federal (JF-DF) o bloqueio de bens de envolvidos nos atos nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

Desta vez, a solicitação é para que 40 pessoas presas no dia dos atos tenham suas contas bancárias bloqueadas. O primeiro pedido, ajuizado em 11 de janeiro, teve como alvo pessoas e empresas que pagaram pelo fretamento de ônibus para as manifestações. A medida foi concedida pela Justiça.

A AGU quer assegurar os bens dos acusados para ressarcir o patrimônio público, caso sejam condenados. O valor total que a AGU pede que seja bloqueado em ambas as ações, R$ 18,5 milhões, leva em consideração relatórios de estimativas de danos apresentados pelo Palácio do Planalto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Senado e pela Câmara.

A nova ação, com base nos documentos da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) e na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva dos acusados, sugere que eles “participaram da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais […] tanto que, em meio a esses atos, foram presos em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo nas dependências dos prédios dos Três Poderes da República e em face dos mesmos foi decretada prisão preventiva”.

Ainda de acordo com a AGU, os acusados “participaram ativamente de atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal objeto desta ação, resultaram danos à própria ordem democrática e à imagem brasileira”, razão pela qual devem reparar os prejuízos causados em regime de solidariedade, nos termos do Código Civil.

O órgão solicita que o bloqueio atinja imóveis, veículos, valores em contas financeiras e outros bens. O processo está em segredo de Justiça, por conter informações sigilosas referentes a autos de prisão em flagrante e medidas investigativas em curso, com objetivo de apurar a responsabilidade penal dos investigados.

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