O bolsonarismo, maior ativo eleitoral da direita em Mato Grosso do Sul, está no centro de uma disputa de poder. Líderes como o governador Eduardo Riedel, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o senador Nelsinho Trad disputam nos bastidores o controle do PL e, sobretudo, o prestígio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A queda do Tenente Portela, ex-presidente estadual do PL, por suspeitas de envolvimento na tentativa frustrada de golpe de 2022, abriu caminho para que o partido se tornasse o foco de articulações políticas. Com Bolsonaro inelegível, a definição sobre o futuro do PL é vista como crucial para unificar a direita e evitar fragmentações nas eleições presidenciais de 2026.
Entre os articuladores, cresce a defesa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como único nome capaz de unir a direita sem resistência de Bolsonaro. Contudo, a insistência do ex-presidente em manter sua influência, incluindo nomes como Eduardo Bolsonaro e Michele Bolsonaro, ainda gera incertezas.
Enquanto o PL aguarda definições, a aliança entre o PSDB e outros partidos, como o Podemos, ganha força nas mãos de Azambuja. Nos bastidores, políticos avaliam que a eventual união com o PL só será possível se Bolsonaro der sinal verde para a troca de comando estadual, rompendo com aliados envolvidos nas acusações de 2022.
Apesar das controvérsias, o bolsonarismo mantém capital político significativo no Estado. Em 2022, Bolsonaro venceu Lula com 19% de diferença e elegeu nomes desconhecidos como Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira. No entanto, o envolvimento de figuras-chave, como Portela, em esquemas de arrecadação para mobilizações antidemocráticas, ainda pesa na avaliação pública e jurídica.
O futuro da direita em Mato Grosso do Sul depende agora de decisões estratégicas e da habilidade dos caciques em convergir interesses, diante de um eleitorado que ainda reverbera o peso do bolsonarismo.
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*Com informações Campo Grande News