A incorporação do Podemos pelo PSDB promete trazer mudanças estratégicas para o cenário político em Mato Grosso do Sul. Com o desaparecimento do Podemos, seus membros poderão trocar de legenda, mas o PSDB garantirá sua sobrevivência até, pelo menos, 2028.
Essa união fortalece o PSDB com nomes de peso, como a senadora Soraya Thronicke e o deputado estadual Rinaldo Modesto, elevando sua bancada na Assembleia Legislativa de seis para sete deputados. Em Campo Grande, a maior bancada da Câmara Municipal, que já conta com cinco vereadores do PSDB, será ampliada para sete com a chegada de Clodoilson Pires e Ronilço Guerreiro, ambos do Podemos.
O movimento também consolida o PSDB como o maior partido municipal, somando 300 vereadores no Estado, dos quais 44 são oriundos do Podemos. No entanto, os vereadores eleitos pelo PSDB só poderão mudar de sigla na janela partidária de 2028, o que obriga figuras como Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja a reavaliar seus planos políticos.
Impactos nas eleições e lideranças
Os vereadores de Campo Grande interessados em disputar as eleições de 2026 terão que permanecer no PSDB, como é o caso do Professor Juari, que mira uma vaga na Câmara Federal, e de Silvio Pitu, Flávio Cabo Almi e Victor Rocha, que desejam concorrer à Assembleia Legislativa.
Para os deputados estaduais e federais, a troca de partido será possível apenas na próxima janela partidária, enquanto cargos majoritários, como o de Riedel e de prefeitos, têm maior flexibilidade, já que pertencem ao candidato, e não à legenda.
Com a incorporação, o PSDB passa a ser prioridade nas estratégias de Reinaldo e Riedel para 2026, alterando os planos de distribuição entre partidos aliados, como Republicanos e PSD. Esse movimento consolida o partido como uma força central no tabuleiro político de Mato Grosso do Sul.
