O governador Eduardo Riedel (PSDB) está em plena movimentação política para assegurar sua reeleição em 2026. A estratégia passa pela construção de uma ampla base de apoio, que deve reunir seis partidos: PSDB, PSD, PP, União Brasil, Podemos e até o PL, adversário nas eleições passadas. A mudança de posição do PL, segundo Riedel, deve ocorrer "com naturalidade e tranquilidade", marcando um novo cenário político no Mato Grosso do Sul.
Com um PSDB fortalecido no Estado — incluindo 45 prefeitos, 17 vice-prefeitos, além de três deputados federais e seis estaduais —, Riedel aposta no peso da legenda para liderar as negociações. No entanto, ele não descarta possíveis dissidências durante o processo. "É parte da política que algumas lideranças decidam seguir por outro caminho", ponderou.
O maior entrave à coalizão está na disputa pelas duas vagas ao Senado. Com pelo menos sete pré-candidatos de diferentes partidos, as negociações prometem ser acirradas. Entre os nomes mencionados estão:
Reinaldo Azambuja (PSDB), ex-governador e aliado de Riedel;
Nelsinho Trad (PSD), figura consolidada na política estadual;
Soraya Thronicke (Podemos), senadora de destaque nacional;
Gerson Claro (PP), deputado estadual com força local;
Giani Nogueira (PL), uma aposta da nova composição;
Vander Loubet (PT), com possível alinhamento estratégico;
Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e figura de alcance nacional.
Para minimizar as tensões, uma das alternativas em discussão é a inclusão de lideranças no cargo de vice-governador. A senadora Tereza Cristina (PP) surge como um nome forte, caso não se candidate a um posto nacional.
Tanto Riedel quanto Reinaldo Azambuja reconhecem que as definições no cenário presidencial terão peso direto nas alianças regionais. Há expectativas de que uma candidatura de centro, envolvendo nomes como Eduardo Leite (RS), Tarcísio de Freitas (SP) ou Ronaldo Caiado (GO), possa influenciar positivamente as articulações em Mato Grosso do Sul.
O apoio do PT à gestão estadual parece cada vez mais distante. Embora Vander Loubet defenda um alinhamento informal, a ausência de apoio explícito de Riedel à reeleição de Lula enfraquece essa possibilidade.
Já o MDB enfrenta um dilema interno. Apesar de integrar a base de Riedel no Estado, o partido pode ser impactado pelo apoio declarado de Simone Tebet a Lula, o que pode gerar conflitos na aliança local.
Com partidos tradicionais na mesa e desafios envolvendo projetos majoritários, Riedel aposta na articulação como principal estratégia para sua reeleição. “O foco é garantir uma base sólida que dialogue com os interesses de Mato Grosso do Sul e do Brasil. A política exige equilíbrio e responsabilidade”, destacou o governador.
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*Com informações do Jornal do Estado News