Quarta, 03 de Setembro de 2025
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Impasse na formação de chapas ameaça eleições em Mato Grosso do Sul

Pré-candidatos enfrentam desigualdade de recursos e incertezas partidárias para 2026

29/04/2025 às 08h05
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Os partidos políticos de Mato Grosso do Sul enfrentam uma corrida contra o tempo para montar chapas competitivas de deputado federal e estadual para as eleições de 2026. Com um ano até a janela partidária, as articulações intensificam tanto para quem já possui mandato quanto para novos candidatos.

Na Assembleia Legislativa, os deputados antecipam discussões para garantir espaço nas chapas e condições de igualdade nas disputas, enquanto vereadores avaliam o custo político de candidaturas que possam ser meramente figurativas. O vereador Professor Juari (PSDB), por exemplo, está de olho em possíveis fusões partidárias, como entre PSDB e Podemos, para aumentar suas chances eleitorais.

Por outro lado, a indefinição sobre os rumos de lideranças como Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel (ambos PSDB) adiciona incertezas, enquanto partidos como o PL, que pode se unir ao grupo tucano, enfrentam resistência de seus deputados, preocupados com a concorrência interna para reeleição.

O cenário é ainda mais complicado para a formação de chapas de deputado federal, que exige nove candidatos por partido, com pelo menos 30% de mulheres. Essa exigência impulsiona a busca por candidaturas femininas, mas também expõe desigualdades nas votações.

Na eleição de 2022, Marcos Pollon (PL) liderou com 103.111 votos, seguido por Rodolfo Nogueira (PL), com 41.773 votos, e Luana Ruiz (PL), terceira colocada com 24.176 votos. Ruiz foi a segunda mulher mais votada, atrás de Camila Jara (PT), com 56.552 votos.

O PSDB também apresenta uma concentração de votos entre os mais votados: Beto Pereira (97.872 votos), Geraldo Resende (96.519 votos) e Dagoberto Nogueira (48.217 votos) ficaram muito à frente de Juari, com apenas 20.634 votos.

No PSD, o desempenho de Fábio Trad (43.881 votos) superou o de Rodolfo Nogueira (PL), mas o partido não alcançou 80% do quociente eleitoral. Junior Coringa, segundo mais votado pelo PSD, teve apenas 12.241 votos, evidenciando os desafios das siglas menores.

Com disputas internas acirradas e demandas legais, os partidos têm um caminho desafiador até a consolidação de suas chapas para 2026. A pressão por candidaturas femininas e os jogos de poder internos devem definir o cenário político do próximo ano.

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*Com informações Investiga MS

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