A votação de duas pautas controversas na Câmara dos Deputados revelou um racha explícito na bancada do PSDB de Mato Grosso do Sul. O deputado federal Beto Pereira (PSDB) alinhou-se aos bolsonaristas ao apoiar o requerimento de urgência ao projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e a abertura de uma CPI para investigar fraudes no INSS. Por outro lado, os deputados Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira votaram com os parlamentares da esquerda, como Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT), expondo uma clara divergência ideológica entre os tucanos.
A divisão reflete o distanciamento entre os parlamentares, evidenciado desde as eleições municipais de Campo Grande, quando Beto Pereira recebeu apoio de Jair Bolsonaro, enquanto Resende e Nogueira mantinham distância. A fusão entre PSDB e Podemos, em trâmite para evitar sanções pela cláusula de barreira, não deve amenizar as diferenças internas, especialmente diante da possível migração do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL, o que pode levar a uma reconfiguração significativa do cenário político estadual.
Beto Pereira justificou suas decisões apontando a gravidade do desvio de recursos no INSS e a ausência de orientações partidárias sobre o PL da Anistia, reforçando sua posição por "consciência". A divergência entre os tucanos de Mato Grosso do Sul aponta caminhos distintos para os parlamentares na política estadual e nacional.
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*Com informações Correio do Estado