A federação entre PP e União Brasil, oficializada nesta semana, já provoca uma onda de insatisfação entre parlamentares das duas legendas, ameaçando a estabilidade do recém-criado megapartido. Deputados e senadores apontam que o rearranjo de forças nos estados pode comprometer suas bases políticas, concentrando o controle sobre financiamento de campanhas e montagem de chapas nas mãos de antigos adversários locais.
Entre os insatisfeitos, muitos veem o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, como um porto seguro diante do impasse. A federação, que une as siglas por pelo menos quatro anos, cria um partido temporário com a maior bancada da Câmara — 109 parlamentares — e a maior fatia do fundo eleitoral em 2026. No entanto, o modelo de "partilha" de poder entre União Brasil e PP tem gerado disputas internas, favorecendo lideranças como Arthur Lira e Ciro Nogueira em detrimento de outros grupos regionais.
A crise expõe um racha no Centrão, cujo fortalecimento era visto como trunfo para 2026. Para muitos analistas, a migração em massa para o PL pode redesenhar o tabuleiro político, consolidando ainda mais a força bolsonarista nas próximas eleições.
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*Com informações Metrópoles
