A direita brasileira obteve uma vitória emblemática na noite desta quarta-feira (7), quando a Câmara dos Deputados aprovou, com ampla margem, a suspensão da investigação contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) no polêmico “inquérito do golpe” conduzido pelo STF. O placar de 315 votos a favor e 143 contrários não só reafirma a força dos bolsonaristas, mas também serve de termômetro para o avanço do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Entre os votos favoráveis, destacam-se parlamentares de partidos da base aliada ao governo Lula, incluindo membros do PSB, sigla do vice-presidente Geraldo Alckmin. Essa ampla adesão expõe fissuras no bloco governista e alimenta a expectativa de que a anistia poderá alcançar um placar semelhante. “Anistia será um placar bem parecido (com a votação do Ramagem)”, declarou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara e um dos principais articuladores da pauta.
Apesar do avanço, a aprovação da anistia enfrenta resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que reluta em pautar o projeto. Motta, contudo, demonstrou alinhamento estratégico ao patrocinar a votação em favor de Ramagem, em um gesto visto como resposta às “interferências” do STF nas prerrogativas do Congresso.
A vitória na Câmara é um recado direto aos opositores e reforça a narrativa de que o Congresso deve ser protagonista na defesa da soberania legislativa e na preservação das liberdades individuais. Para a direita, a luta pela anistia não é apenas um desafio político, mas uma questão de justiça contra o que consideram uma perseguição ideológica.
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*Com informações Metrópoles