Nesta quarta-feira (8), a CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de Campo Grande realizou oitivas com dois auditores da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) para esclarecer a fiscalização do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus. O foco das discussões girou em torno dos critérios usados no REMID (Relatório de Monitoramento de Índices de Desempenho), que classificou o serviço como "excelente".
O auditor-chefe de planejamento da Agetran, Giuseppe Bitencourt, explicou que a agência fornece os dados utilizados no cálculo dos índices de desempenho, definidos em contrato desde 2012, quando o consórcio assumiu a concessão. Ele também mencionou a participação no Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o MPE e o TCE. Já Luiz Cláudio Pissurno, chefe operacional da auditoria, reforçou que o relatório segue fórmulas contratuais predefinidas.
Apesar dos altos índices atribuídos ao consórcio — incluindo conforto, acessibilidade e qualidade do serviço como “excelentes” — vereadores questionaram a transparência e a adequação do modelo contratual. O vereador Maicon Nogueira criticou o contrato, alegando que ele prejudica o Poder Público e a população. O presidente da CPI, doutor Livio, ressaltou que a comissão investiga as responsabilidades e considera a possibilidade de recomendar a rescisão contratual.
As investigações continuarão na próxima segunda-feira (12), quando novos auditores da Agetran prestarão depoimentos no plenarinho Edroim Reverdito. A expectativa é aprofundar as análises sobre a atuação do Consórcio Guaicurus e as responsabilidades da Prefeitura na fiscalização do contrato.
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