O cenário que deveria representar o ápice do debate e da convivência democrática tornou-se palco de agressões e intolerância. Na última quinta-feira (15), integrantes de partidos de direita foram brutalmente agredidos e expulsos do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, por estudantes de esquerda. Os jovens, militantes do PL e do partido Novo, estavam com panfletos do movimento União Direita Nacional com a frase: "Na UFF a direita se cria sim", quando foram alvos de violência física e verbal.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a expulsão dos estudantes, evidenciando uma realidade irônica e perturbadora: aqueles que se autoproclamam defensores da democracia e da tolerância demonstram, na prática, serem os mais antidemocráticos e intolerantes. “Não houve debate, não houve diálogo – apenas ódio, agressividade e expulsão”, afirmou o grupo União Direita Nacional em nota.
O deputado federal Carlos Jordy (PL/RJ) destacou a contradição dos agressores: “É irônico como essa turma vive bradando democracia e tolerância, mas são os mais antidemocráticos e intolerantes”. Luiz Lima (Novo/RJ), por sua vez, recebeu os jovens em seu gabinete e classificou o episódio como inaceitável. "Isso aconteceu em uma universidade pública, sustentada pelo dinheiro dos trabalhadores. É uma afronta à liberdade de expressão e à segurança", declarou.
Ambos os parlamentares registraram representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para exigir investigações sobre perseguição política e ideológica, além da omissão da UFF diante da violência. Um boletim de ocorrência também foi registrado, e o deputado Luiz Lima prometeu cobrar providências do reitor da universidade.
Em nota, a UFF declarou ser contrária à violência e à intolerância, mas acusou os estudantes de direita de “provocar conflitos” e “instrumentalizar espaços acadêmicos com objetivos antidemocráticos”. A universidade não reconheceu os agressores, mas apresentou uma moção de repúdio aos movimentos de direita, afirmando que não permitirá discursos que “clamam pela privatização” da instituição.
O episódio evidencia a escalada de violência política dentro das universidades, espaços que deveriam garantir o livre debate de ideias. Ao se omitirem diante de agressões físicas e perseguições ideológicas, instituições como a UFF revelam um viés que coloca em xeque a neutralidade acadêmica. Quando a intolerância se institucionaliza, a democracia fica ainda mais ameaçada.
Se os estudantes de direita foram atacados por simplesmente exporem suas opiniões, o que isso diz sobre o ambiente universitário no Brasil? O caso da UFF não é isolado, mas parte de uma tendência perigosa que ameaça a liberdade de expressão e a convivência democrática em espaços mantidos com recursos públicos. A lei deve ser aplicada, e os responsáveis precisam ser identificados e punidos. Afinal, não há democracia quando o discurso contrário é silenciado com violência.
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