O Senado federal deu um passo perigoso nesta quarta-feira (21) ao aprovar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a PEC que acaba com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos, aumenta mandatos de forma arbitrária e unifica eleições para prender o eleitor por mais tempo no mesmo sistema político travado.
Relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), a proposta, que passou de forma simbólica, impõe mandatos de até nove anos em uma transição confusa, enquanto promete unificar eleições só em 2034, num processo que mais atrapalha do que melhora o funcionamento da democracia. A justificativa oficial de “corrigir um erro” esconde o interesse real de manter grupos políticos poderosos no controle, ampliando sua permanência e influência.
Até 2034, o Brasil viverá um caos eleitoral com mandatos estranhamente estendidos: prefeitos e vereadores de seis anos, senadores de até nove, e um cronograma que confunde e distancia o eleitor das urnas. O fim da reeleição, longe de ser avanço, pode cristalizar um sistema político engessado, onde a velha política só se fortalece.
Esta PEC é um retrocesso que reforça o domínio das elites políticas, reduz o direito do cidadão de renovar seus representantes e enfraquece a democracia. O Senado caminha para sufocar o voto livre e a alternância de poder em nome de uma “estabilidade” que só beneficia os poderosos.
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*Com informações Metrópoles