Seis deputados federais de Mato Grosso do Sul movimentaram R$ 81,6 milhões em emendas vinculadas ao polêmico “orçamento secreto” de 2024, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU). Entre os parlamentares que alocaram recursos estão nomes como Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT) e Dagoberto Nogueira (PSDB). As emendas, justificadas como apoio a projetos regionais, revelaram um foco em atender bases eleitorais, levantando críticas sobre sua utilização.
Essas destinações foram aprovadas por comissões temáticas da Câmara, com destaque para áreas como saúde, turismo e desenvolvimento urbano. Enquanto a saúde concentrou mais da metade dos recursos, com R$ 51,1 milhões destinados a órgãos estaduais e municípios, outros setores, como turismo, receberam valores expressivos, reforçando o debate sobre a real prioridade dessas emendas.
A CGU divulgou os dados após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige maior clareza no uso do orçamento público. O ministro Flávio Dino suspendeu o pagamento de milhares de emendas até que as atas das sessões das comissões sejam apresentadas, apontando possíveis irregularidades na aprovação dos repasses.
A exposição dos valores e suas destinações amplia o questionamento sobre a transparência e a fiscalização no uso de recursos federais, destacando um modelo que muitos consideram opaco e voltado para interesses eleitorais.
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*Com informações Correio do Estado