A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação central envolve supostas ações realizadas pelo parlamentar nos Estados Unidos que, segundo a PGR, poderiam configurar tentativa de intimidação contra agentes públicos brasileiros e interferência em processos judiciais.
O pedido menciona declarações dadas por Eduardo Bolsonaro à imprensa estrangeira e publicações em redes sociais como indícios de coação contra investigadores e julgadores envolvidos em ações penais. "Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal", destacou a PGR no documento.
Além disso, a PGR solicitou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja ouvido no inquérito, alegando que as evidências apontam para uma tentativa de buscar sanções internacionais contra membros do Poder Judiciário. De acordo com o órgão, essa iniciativa teria o objetivo de interferir no andamento de processos criminais, inclusive na ação penal em curso contra o ex-presidente e seus aliados.
Desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde anunciou sua licença do mandato parlamentar em março. Na ocasião, ele fez críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, que será o responsável por analisar o pedido de abertura de inquérito feito pela PGR.
O caso eleva a tensão entre o deputado e o Judiciário, reforçando o embate político e jurídico que envolve a família Bolsonaro e autoridades brasileiras.
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*Com informações Pleno News
