Segunda, 08 de Setembro de 2025
Publicidade

Processo seletivo do Tribunal de Justiça da Bahia veta héteros

“Não haverá contratação, em nenhuma hipótese, de pessoas cisgêneras heterossexuais”

31/01/2023 às 10h22 Atualizada em 31/01/2023 às 12h05
Por:
Compartilhe:
Após forte repercussão, a corregedoria do TJ-BA suspendeu o processo
Após forte repercussão, a corregedoria do TJ-BA suspendeu o processo

Em 17 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça da Bahia publicou edital de processo seletivo para estágio remunerado, com uma cláusula que excluía héteros. De acordo com o documento, a seleção era restrita a candidatos que se autodeclararem LGBTQIA+, no momento da inscrição.

“Não haverá contratação, em nenhuma hipótese, de pessoas cisgêneras heterossexuais”, descrevia o edital.

O processo seletivo ainda estabelecia escala de prioridades para as vagas, com base no tipo de gênero, orientação sexual, cor e “reconhecimento do maior grau de discriminação social negativa” da população LGBTQIA+.

“Primeiro, serão privilegiadas pessoas trans e não-binárias, de preferência pretas. Depois, gays e lésbicas declaradas”, dizia.

O veto integral a heterossexuais e as diferentes cotas instituídas para candidatos LGBTQI+ foram atribuídos, segundo as disposições previstas na seleção, “ao conjunto de medidas afirmativas voltadas à promoção da diversidade de gênero e orientação sexual no âmbito do Poder Judiciário da Bahia”.

O edital foi aberto pelo Juiz de Direito Auxiliar da 12ª Vara de Relações de Consumo, Mário Soares Caymmi Gomes. O estágio remunerado teria a duração de 12 (doze) meses, prorrogáveis, uma única vez, por igual período. Após forte repercussão, a corregedoria do TJ-BA suspendeu o processo, segundo o jornal Correio.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários