Nos bastidores políticos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) parece ver na provocação do presidente Lula uma oportunidade estratégica. Chamado de “terrorista” e “lambe-botas de Trump” em discurso nesta terça-feira (3), Eduardo não apenas comemorou o ataque como o usou para reforçar sua ambição: ser o principal nome da direita na corrida presidencial de 2026.
A estratégia de Eduardo é clara. Ao atrair os holofotes da polarização entre o PT e a família Bolsonaro, ele busca se posicionar acima de outros potenciais concorrentes da direita, como Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil). No entanto, seu caminho não será tão simples. Apesar de sua projeção, o apoio definitivo do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não foi garantido, e figuras como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro continuam sendo cogitadas no cenário político.
Michelle, no entanto, já deu sinais de apoio à candidatura de Eduardo, afirmando em suas redes sociais que ele terá “todo o apoio da família”. A ex-primeira-dama adotou um tom alinhado ao do deputado, com um slogan que remete diretamente ao movimento de Donald Trump: "Make Brazil Great Again."
Enquanto isso, Eduardo tenta consolidar sua posição como o herdeiro do bolsonarismo, ao mesmo tempo que descarta a possibilidade de Tarcísio disputar a Presidência. Para ele, o governador de São Paulo deve focar na reeleição estadual em 2026, abrindo caminho para que ele próprio protagonize a disputa contra Lula.
Por trás das declarações, está um jogo de poder que reflete as tensões internas da direita brasileira. Se Eduardo conseguirá unificar esse espectro político, apenas o tempo dirá. O que já está claro é que ele não medirá esforços para se manter no centro da atenção – mesmo que isso signifique alimentar a polarização que domina o país desde 2018.
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*Com informações Metrópoles