Sábado, 07 de Junho de 2025

Catolicismo perde espaço em MS, mas ainda lidera cenário religioso diante do avanço evangélico

Censo 2022 destaca pluralidade crescente no Estado, com queda no número de católicos e aumento expressivo de evangélicos e sem religião

06/06/2025 às 13h25
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Mato Grosso do Sul apresenta um cenário religioso em transformação, segundo os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE. No Estado, 1.219.677 pessoas, entre os 2.350.132 entrevistados com 10 anos ou mais, se declararam católicas. Apesar de liderar como a religião predominante, o catolicismo mostra sinais de retração diante do crescimento de outras crenças, como o protestantismo evangélico, que conta com 763.096 adeptos, e do aumento das pessoas sem religião, que já somam 210.472.

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A diversidade religiosa se reflete em números menores para outras denominações. A religião espírita conta com 39.526 seguidores, enquanto umbanda e candomblé reúnem 14.410 praticantes. As tradições indígenas são seguidas por 2.100 pessoas, e 96.896 se identificaram com outras religiosidades.

O percentual de pessoas sem religião em Mato Grosso do Sul é de 8,92%, o segundo maior da região Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal, com 10,6%. Esse crescimento reforça uma tendência nacional, onde o número de brasileiros sem vínculo religioso passou de 7,9% em 2010 para 9,3% em 2022.

Mulheres representam a maioria religiosa no Estado, com 1.056.011 declarantes, sendo 609.711 católicas e 413.838 evangélicas. Entre os homens, 982.800 se identificam com alguma religião, sendo 609.966 católicos e 349.259 evangélicos.

Além disso, a análise por cor e raça demonstra que o catolicismo permanece em destaque entre pessoas brancas (552.519), pardas (561.012) e pretas (77.735). Já o grupo evangélico ganha maior adesão entre pessoas de raça indígena, enquanto religiões como umbanda e candomblé mostram maior concentração no público pardo e preto.

Esses dados revelam uma pluralidade crescente na composição religiosa do Estado e do Brasil como um todo. Com o declínio do catolicismo, o aumento dos evangélicos e a expressividade de grupos sem religião, Mato Grosso do Sul acompanha as transformações sociais e culturais que moldam o país.

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