A sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira (10) foi palco de mais um embate acalorado entre os deputados Pedrossian Neto (PSD) e Lídio Lopes (Sem partido), reacendendo uma rivalidade antiga que já chegou a registro policial no ano passado.
O motivo da discussão foi a crítica feita por Pedrossian ao atraso nos repasses às entidades de assistência social, que classificou como “calote”. Lídio respondeu atribuindo o problema à reforma tributária, que teria reduzido em R$ 4 milhões os recursos destinados ao setor, causando atrasos que, segundo ele, estão sendo solucionados.
A troca de farpas ficou ainda mais intensa quando Lídio acusou Pedrossian de ser “caloteiro por excelência” por não ter repassado R$ 15 milhões à Santa Casa durante a pandemia da COVID-19, valor que, segundo o deputado, já chegou a R$ 46 milhões em uma ação judicial.
Pedrossian rebateu, negando irregularidades e afirmando que aumentou o repasse para a Santa Casa de R$ 4,7 milhões para cerca de R$ 6 milhões, destacando que a atual administração cortou os recursos, voltando a patamares de 2017.
Lídio voltou a afirmar que o aumento nos repasses de Pedrossian foi motivado por um compromisso assumido na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad, quando a Prefeitura herdou uma dívida de R$ 80 milhões com o hospital, quitada de forma parcelada. Por isso, a Prefeitura teria precisado reduzir os repasses para não precisar justificar o valor adicional.
“Todas as vezes que vierem com palavras agressivas, vou revidar”, afirmou Lídio, que é esposo da prefeita Adriane Lopes (PP), e lembrou que sua disputa com Pedrossian está ligada a contrapartidas para emendas na assistência social, alegando que o pagamento só foi liberado no último ano antes da candidatura do adversário.
Pedrossian reafirmou que o aumento nos repasses não teve relação com acordos políticos, criticando o desconhecimento de Lídio sobre o tema. O deputado Lídio garantiu que apresentará documentos para comprovar suas alegações.
O confronto movimentou a sessão e provocou diversas quebras do regimento interno, com falas feitas sem autorização da presidência, evidenciando a tensão entre os parlamentares.
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*Com informações Investiga MS
