Pela primeira vez, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou publicamente sobre a possibilidade de deixar a Câmara Municipal do Rio de Janeiro após sete mandatos consecutivos para disputar um cargo maior nas eleições de 2026 — inclusive em outro estado. A articulação faz parte da estratégia da família Bolsonaro de fortalecer sua presença no Senado, com o objetivo de impulsionar pautas bolsonaristas, como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação no X (antigo Twitter) no domingo (15), Carlos afirmou estar “quase por convocação” considerando o chamado para concorrer a outro cargo, seja no Rio ou em um estado onde “possa ser mais útil”. O vereador também destacou que a mudança de domicílio eleitoral “não mudaria sua essência”, pois “valores não mudam com o CEP”.
Uma das possibilidades mais comentadas é sua candidatura ao Senado por Santa Catarina. Essa hipótese ganhou força após uma ligação entre Jair Bolsonaro e a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), em que o ex-presidente teria confirmado a articulação pelo apoio do governador Jorginho Mello (PL) à candidatura do filho. O PL avalia que há excesso de nomes para a disputa no Rio, onde Flávio Bolsonaro busca a reeleição e a outra vaga pode ficar com Carlos Portinho ou o governador Cláudio Castro.
Entretanto, a possibilidade de Carlos Bolsonaro concorrer em Santa Catarina provocou reações negativas entre eleitores locais, que argumentam que a direita já tem nomes fortes no estado, como as deputadas Caroline de Toni e Júlia Zanatta. Nas redes sociais, alguns sugerem que o vereador busque uma candidatura em estados com menor domínio bolsonarista, chegando a indicar regiões do Nordeste, tradicional reduto da esquerda.
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*Com informações Veja
