Os vereadores que integram a CPI do Transporte Coletivo de Campo Grande enfrentam uma semana decisiva. Nesta segunda-feira (23), às 14h, a comissão se reunirá para planejar os próximos passos da investigação. Um dos pontos mais esperados é a possível reconvocação de Paulo Constantino, sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus, que não compareceu à oitiva marcada na semana passada.
Constantino justificou sua ausência com um atestado médico que alegava conjuntivite, entregue por seu advogado, Felipe Barbosa da Silva. O presidente da CPI, Dr. Lívio Leite (União Brasil), classificou a situação como “inesperada” e prometeu deliberar hoje sobre a necessidade de ouvi-lo novamente.
Na quarta-feira (25), a comissão encerrará a quarta etapa da investigação com uma audiência pública focada nos problemas do transporte coletivo. A ação, que acontecerá das 13h às 17h no plenário da Câmara e na Praça Ary Coelho, será transmitida ao vivo, permitindo que os moradores de Campo Grande expressem suas experiências e expectativas.
Na última sessão, Themis de Oliveira, diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, trouxe à tona a situação alarmante da frota de ônibus. Segundo ele, 197 veículos estão operando acima do limite prudencial, enquanto outros 98 têm prazo de 30 dias para substituição, conforme determinação da Agereg. No entanto, Oliveira alegou que o consórcio não possui condições financeiras para cumprir a exigência, classificando a ação da agência reguladora como "mera encenação".
Mesmo diante das dificuldades relatadas, Dr. Lívio reafirmou o compromisso da comissão em buscar soluções. “É nosso dever identificar as falhas e estabelecer um diálogo com o Poder Público. Não podemos aceitar que a população continue dependendo de ônibus em condições precárias”, destacou o vereador.
Além de ouvir especialistas, incluindo um profissional de mobilidade urbana de Campinas (SP), a CPI busca construir um relatório robusto que sirva de base para mudanças estruturais. O transporte coletivo, essencial para milhares de moradores, permanece como um dos principais desafios de Campo Grande, com a população aguardando ações que tragam resultados práticos e duradouros.
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