O ex-deputado federal Fábio Trad anunciou, nesta quarta-feira (2), sua desfiliação do PSD, legenda à qual era filiado desde 2015. Em nota, Trad afirmou que a decisão foi tomada diante do atual cenário político, que, segundo ele, exige “posturas mais claras” e uma escolha definitiva entre democracia e extremismo de direita.
“Hoje, ou se é cúmplice do extremismo de direita ou se está ao lado do Estado Democrático de Direito. Eu escolho a democracia, com clareza e sem ambiguidade”, afirmou.
Fábio Trad destacou que, apesar de divergências dentro do partido, sempre manteve uma convivência respeitosa com seus pares. No entanto, acredita que o espaço para o centro político “se estreitou até desaparecer”, o que o levou a buscar mais liberdade fora da estrutura partidária atual.
Em sua declaração, Trad reforçou posicionamentos que o afastam da linha adotada por setores conservadores:
“Entre justiça tributária e cortes sociais, fico com a taxação dos bilionários.”
“Entre a fé usada como negócio político e o Estado laico, fico com respeito a todos os credos.”
“Entre o saudosismo autoritário e o sonho de um Brasil autenticamente democrático, fico com os ideais daqueles que foram vítimas da ditadura.”
Cotado para disputar o governo de Mato Grosso do Sul pelo PT, Fábio Trad ainda não confirmou a filiação à legenda de Lula, mas tem sido apontado como o principal nome da esquerda para a sucessão estadual. A saída do PSD abre caminho para uma eventual aproximação com o projeto petista, reforçando especulações sobre uma candidatura alinhada ao Palácio do Planalto em 2026.
“Às vezes, estar fora da política partidária é a melhor forma de servir ao país”, concluiu Trad, sinalizando que, mesmo sem mandato ou filiação definida, continua disposto a influenciar os rumos da política brasileira.
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*Com informações Investiga MS