Terça, 02 de Setembro de 2025
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Com filiação encaminhada ao PL, Reinaldo Azambuja trava disputa ao Senado e isola candidatura de Gianni

Ex-governador articula entrada no partido de Bolsonaro e defende candidatura única, retirando vice de Dourados do páreo

04/07/2025 às 09h20
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Chico Ribeiro
Foto: Chico Ribeiro

A pré-campanha ao Senado em Mato Grosso do Sul ganhou um novo capítulo com o avanço da filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Partido Liberal (PL). A negociação, que está nos ajustes finais, praticamente enterra a possibilidade de uma segunda candidatura ao Senado pela sigla em 2026, especialmente a da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, que chegou a ser ventilada por Jair Bolsonaro.

A ida de Reinaldo ao PL foi condicionada à garantia de que o partido lançará apenas um nome à disputa. Em reuniões com a cúpula liberal, incluindo o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o senador Rogério Marinho, Azambuja deixou claro que não pretende dividir espaço. A sinalização foi aceita, e o ex-governador passou a ser tratado como o candidato prioritário do partido.

Gianni, apesar de ter sido citada por Bolsonaro como possível alternativa, era vista como um plano B — acionado somente se Reinaldo não cumprisse o acordo. Com a movimentação do ex-governador, sua candidatura foi automaticamente descartada.

A articulação também impactou outras lideranças. O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) foi convencido a recuar de qualquer pretensão ao Senado, consolidando o entendimento de que a disputa será concentrada em dois blocos: um representado pelo PL, com Reinaldo, e outro por partido aliado, possivelmente o PP, de Tereza Cristina.

Na reunião com deputados do PL, Bolsonaro chegou a questionar sobre nomes viáveis para enfrentar figuras como Eduardo Riedel e o próprio Reinaldo. Surgiram sugestões como Marcos Pollon e João Henrique Catan, mas o ex-presidente não levou a pauta adiante.

A decisão final sobre os nomes ao Senado deverá ser tomada em consenso entre Bolsonaro, Reinaldo, Riedel e a senadora Tereza Cristina. A tendência é de que o grupo defina uma chapa enxuta para fortalecer as chances de vitória.

Além de Reinaldo, o cenário para o Senado em Mato Grosso do Sul segue movimentado. Estão no radar: Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD), Vander Loubet (PT), Simone Tebet (MDB), Professor André (Novo), Gerson Claro (PP), Marcelo Miglioli (PP), Luiz Ovando (PP), Capitão Contar (PRTB) e Jaime Verruck (PSD).

Com o avanço da filiação de Azambuja ao PL, a disputa caminha para um novo desenho, com alianças sendo redesenhadas e lideranças tradicionais buscando reposicionamento no tabuleiro político de 2026.

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*Com informações Investiga MS

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