Terça, 08 de Julho de 2025

MS pode emplacar dois nomes na CPMI do INSS e ganhar protagonismo nacional no combate a fraudes

Beto Pereira já foi confirmado pelo PSDB, e Nelsinho Trad deve ser escolhido pelo PSD; atuação pode influenciar reeleição em 2026

08/07/2025 às 10h20
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Mato Grosso do Sul volta a ganhar destaque no cenário político nacional com a possibilidade de contar com dois representantes na nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após a participação das senadoras Soraya Thronicke e Simone Tebet na CPI da Covid, em 2021, agora os parlamentares Beto Pereira (PSDB) e Nelsinho Trad (PSD) podem compor a nova comissão no Congresso.

Beto Pereira já foi indicado como membro titular da CPMI pela executiva nacional do PSDB, se destacando entre 18 deputados federais da legenda. Em entrevista, o parlamentar afirmou que sua presença na comissão será em defesa dos aposentados e pensionistas lesados em Mato Grosso do Sul e em todo o país. “Estarei lá para ser a voz dos nossos aposentados. Não podemos aceitar que fraudes continuem impunes enquanto a população sofre”, afirmou.

O deputado lembrou que a Controladoria-Geral da União (CGU) já havia alertado sobre irregularidades no INSS sete meses antes da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, vir à tona. “Há algo muito sério por trás disso. Precisamos tornar tudo transparente. Ser lesado sem saber é um erro; saber e não agir, é cúmplice”, completou.

Pereira foi também um dos oito parlamentares de MS a apoiar a criação da CPMI e um dos quatro que assinou o requerimento de abertura da comissão, que reunirá 16 deputados federais e 16 senadores para conduzir as investigações.

Já o senador Nelsinho Trad ainda aguarda a reunião do PSD no Senado, que irá definir os titulares e suplentes da comissão. Após conversas com o líder do partido, Omar Aziz, o senador afirmou que, se for escolhido, pretende “realizar um trabalho firme e imparcial para responsabilizar os culpados na Justiça”.

A entrada dos dois parlamentares sul-mato-grossenses na CPMI pode abrir caminho para uma maior projeção nacional, especialmente entre os eleitores com mais de 60 anos, público diretamente afetado pelas fraudes. A depender do desempenho e da seriedade da comissão, a atuação de ambos pode pavimentar a reeleição em 2026.

Contudo, o risco político existe. Se a CPMI seguir o exemplo da CPI das Bets, cuja relatoria foi da senadora Soraya Thronicke e terminou com o relatório rejeitado, a estratégia pode fracassar e desgastar a imagem dos envolvidos. A expectativa agora está sobre a composição final da CPMI e sua efetividade em entregar resultados concretos para a sociedade.

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*Com informações Correio do Estado

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