Em tom contundente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a elevar o tom contra a oposição no Congresso Nacional. Durante entrevista nesta terça-feira (8), o chefe da equipe econômica acusou a extrema direita de atuar como uma força antinacional que estaria comprometendo áreas sensíveis do Estado brasileiro, como as Forças Armadas e o Itamaraty, em nome de interesses privados.
“A extrema direita é antinacional. Não está colaborando com os interesses do Brasil. Estamos deixando as Forças Armadas sem recursos, o Itamaraty sem recursos, tudo para beneficiar meia dúzia de empresários”, disparou Haddad.
A crítica veio acompanhada de uma provocação direta a parlamentares que se autodenominam patriotas. Para o ministro, a postura desses opositores revela incoerência:
“Se dizem patriotas, mas batem continência à bandeira dos Estados Unidos e torcem por um golpe externo. Isso não condiz com o papel de um representante do povo brasileiro.”
As declarações de Haddad ocorrem em meio à tensão sobre as emendas parlamentares impositivas, que obrigam o governo federal a liberar recursos para projetos indicados por deputados e senadores. O tema está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que debate os limites da obrigatoriedade desses repasses.
O ministro também comentou sobre a atuação do STF, em especial a decisão do ministro Flávio Dino, que determinou mais transparência nas emendas impositivas. Para Haddad, essa decisão não representa uma derrota ao Congresso, mas um passo em direção ao equilíbrio institucional:
“O STF não está derrotando o Congresso. Está restabelecendo a harmonia entre os Poderes.”
Nos bastidores, o Palácio do Planalto vê com preocupação o impacto da atuação da oposição nas contas públicas. A escassez de verbas em áreas como diplomacia e defesa nacional é apontada como reflexo da dificuldade do governo em negociar com uma base legislativa fragmentada — que, segundo Haddad, atua mais para sabotar o Executivo do que para promover o desenvolvimento do país.
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*Com informações Metrópoles