A definição de uma estratégia mais enxuta por parte do grupo tucano em Mato Grosso do Sul, liderado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), está abrindo brechas para o surgimento de candidaturas de oposição nas eleições de 2026. Com o apoio de PL e PP praticamente selado — o que retira da disputa nomes como a senadora Tereza Cristina e o grupo bolsonarista local — os tucanos já avisaram aliados que pretendem formar uma coligação com, no máximo, três partidos.
Diferente das eleições anteriores, quando acumularam legendas para ampliar o tempo de TV e o fundo partidário, Riedel e Azambuja agora apostam em uma aliança mais econômica, confiando no favoritismo e na falta de adversários consolidados. Porém, a movimentação tem deixado antigos aliados soltos e, como efeito colateral, incentivado articulações de oposição.
O ex-deputado Fábio Trad, que anunciou sua saída do PSD, é um dos nomes cotados para disputar o governo pelo PT. Ao contrário de seu irmão Nelsinho Trad, que continua aliado ao grupo tucano, Fábio adota postura de oposição, assim como Marquinhos Trad (PDT), que enfrentou Riedel na última eleição estadual.
Além de Fábio, a ministra Simone Tebet (MDB) também é citada como possível candidata ao Senado em uma aliança com o PT, caso o grupo de Riedel não ofereça palanque para Lula em Mato Grosso do Sul. O presidente estadual do PT, Vander Loubet, já declarou que buscará diálogo com Simone e Fábio antes de qualquer tratativa com o atual governador, reforçando o tom de cobrança.
Apesar disso, o PT ainda ocupa cargos no governo estadual, o que escancara a contradição de um partido que ameaça romper, mas segue na base.
Outras legendas também começam a se movimentar. O PRD, comandado por Delcídio do Amaral, anunciou intenção de lançar candidatura própria ao governo, em federação com o Solidariedade. Já o PSOL lançou como pré-candidato Luso Queiroz, enquanto o Partido Novo convidou Capitão Contar e Marcos Pollon, ambos do PL, para possíveis disputas ao Senado ou ao Executivo estadual.
A postura cautelosa do grupo de Riedel pode garantir estabilidade momentânea, mas também cria um ambiente fértil para o surgimento de adversários que prometem aglutinar descontentes e desafiar a hegemonia tucana em 2026.
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*Com iformações Investiga MS