Uma visita da senadora Soraya Thronicke (Podemos) à sede nacional do PSDB, em Brasília, ao lado do deputado federal Aécio Neves, bastou para inflamar os bastidores políticos sul-mato-grossenses. A movimentação foi suficiente para que surgissem especulações sobre uma possível troca de partido e até sobre uma candidatura ao Governo do Estado em 2026.
Soraya tentou conter os rumores. Por meio de sua assessoria, classificou o encontro como uma “visita cordial a um amigo” e afirmou que está focada em buscar a reeleição ao Senado, descartando qualquer intenção de disputar o Executivo. “Nada de governo. Isso é especulação”, reforçou.
Apesar do discurso público, a movimentação da senadora ocorre num momento em que o PSDB vive um cenário turbulento, com Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja — dois pesos-pesados da legenda — articulando mudanças estratégicas e possíveis saídas do partido.
Soraya mantém relação próxima com o governador Riedel, a quem elogiou recentemente em publicação nas redes sociais, mas seu conflito com Reinaldo Azambuja pode inviabilizar uma aliança dentro da coligação governista, que já deixou claro que apoiará apenas dois nomes ao Senado. Um deles será o próprio Azambuja.
A segunda vaga deve ficar entre Nelsinho Trad (PSDB) e um possível nome do PP, como Gerson Claro ou Marcelo Miglioli. Neste contexto, Soraya corre o risco de ficar isolada politicamente, a menos que encontre uma nova composição partidária — ou um novo palanque.
A tensão também reflete o impasse nacional entre Podemos e PSDB, que chegaram a discutir fusão partidária, mas a negociação foi travada após o impasse em torno do comando da nova sigla. Enquanto isso, a visita da senadora a Aécio segue repercutindo como sinal de movimentação estratégica para 2026.
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*Com informações Investiga MS