A Prefeitura de Campo Grande deu início a uma nova fase no atendimento da saúde pública com a implantação de um sistema inteligente de monitoramento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRSs). A medida tem como objetivo reduzir os longos tempos de espera enfrentados por pacientes em situações de urgência e emergência.
Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a inovação utiliza como base o prontuário eletrônico nacional e-SUS PEC, plataforma do Ministério da Saúde que reúne o histórico clínico dos usuários do SUS. O sistema permitirá acompanhar, em tempo real, a produtividade de cada profissional da saúde, além de mensurar a demanda diária de pacientes nas unidades.
Com esses dados, a Sesau pretende reorganizar os fluxos de atendimento, ajustar escalas e distribuir melhor os recursos humanos, evitando sobrecarga em determinados turnos e unidades. “Vamos conseguir atuar com mais precisão, identificando os gargalos com antecedência e oferecendo uma resposta mais eficiente à população”, informou a pasta.
O novo sistema também deve melhorar a gestão da triagem, que segue o protocolo de cores utilizado em todo o país: azul (sem urgência), verde (casos de baixa gravidade, mas com prioridade para idosos e gestantes), amarelo (atenção rápida sem risco de morte) e vermelho (casos críticos). A tecnologia ajudará a monitorar quanto tempo cada paciente leva até ser atendido, conforme sua classificação de risco.
Campo Grande conta hoje com uma rede diversificada de unidades de saúde. Enquanto as UBSs e UBSFs realizam atendimentos preventivos e agendamentos de rotina — como consultas, vacinas e exames — as UPAs e CRSs são voltadas a situações de urgência e operam com grande volume de pacientes, principalmente em horários noturnos e fins de semana.
A expectativa da prefeitura é de que a digitalização dos dados e a análise de desempenho em tempo real tragam resultados concretos na agilidade do serviço prestado e no alívio das filas. O desafio agora é transformar a tecnologia em benefício direto para quem mais precisa: o cidadão na ponta da fila.
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