Mesmo com a forte presença da direita em Mato Grosso do Sul, a nova pesquisa do Instituto Ranking, divulgada nesta terça-feira (15), acende o alerta no campo conservador: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra crescimento expressivo nas intenções de voto e encurta a distância para nomes da família Bolsonaro.
No principal cenário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda mantém a dianteira com 38%, mas a alta de Lula para 24% reforça a leitura de que o eleitorado sul-mato-grossense, historicamente inclinado à direita, pode estar menos consolidado do que aparenta. Candidatos como Tarcísio de Freitas (8%) e Ratinho Jr. (5,2%) completam a disputa, mas sem ameaçar os dois primeiros colocados.
O dado mais simbólico, no entanto, surge nos cenários alternativos. Quando o nome de Bolsonaro é substituído por sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), a vantagem bolsonarista se mantém, mas é reduzida. Michelle lidera com 32%, mas vê Lula se aproximar com 26%, criando um ambiente de empate técnico em eventual segundo turno.
O movimento se repete quando Tarcísio de Freitas lidera a chapa: o governador de São Paulo pontua 33%, mas Lula novamente surge logo atrás com 28%, confirmando a tendência de reconexão do petista com o eleitorado sul-mato-grossense.
Apesar da força simbólica da marca Bolsonaro em Mato Grosso do Sul, os números mostram que o lulismo ainda respira — e com fôlego renovado. A esquerda, mesmo minoritária no Estado, começa a se reposicionar, sobretudo em meio à fragmentação da direita entre diferentes nomes e projetos.
Com 3.000 eleitores entrevistados entre os dias 4 e 12 de julho, a pesquisa tem margem de erro de 1,8 ponto percentual, o que reforça o indicativo de que os próximos movimentos de Lula e da oposição bolsonarista serão decisivos para consolidar ou virar o jogo em 2026.
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