A imposição de uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira pelos Estados Unidos, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025, já provoca efeitos diretos na economia de Mato Grosso do Sul. O SICADEMS (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul) confirmou nesta quarta-feira (16) a suspensão preventiva das exportações destinadas ao mercado norte-americano.
Segundo nota da entidade, os frigoríficos estão tentando realocar a produção suspensa para o mercado interno e outros países, numa tentativa de amenizar os impactos e manter as atividades. “Essa é uma medida de precaução diante do cenário de instabilidade. A retomada das exportações aos Estados Unidos depende agora de uma definição concreta que garanta viabilidade econômica”, declarou o sindicato.
Entre janeiro e junho deste ano, as exportações de carne desossada e congelada para os EUA representaram 45% do total embarcado pelo Estado, movimentando aproximadamente US$ 142 milhões. O país é o segundo principal destino da carne sul-mato-grossense — a suspensão, portanto, ameaça não apenas o setor frigorífico, mas toda a cadeia produtiva da região.
Diante desse cenário crítico, o SICADEMS cobrou uma atuação rápida e efetiva do governo federal, que até agora não apresentou soluções práticas para neutralizar os efeitos da decisão americana. “O setor espera que o Brasil reaja à altura, com negociações diplomáticas ou ações estratégicas, antes que os prejuízos se tornem irreversíveis”, conclui a nota.
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*Com informações Diário Digital