Em um movimento estratégico e contundente, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu romper o cerco narrativo imposto por seus adversários no Brasil. Nesta sexta-feira (18), Bolsonaro concederá uma entrevista a um importante veículo de comunicação dos Estados Unidos, levando ao exterior sua versão sobre o que considera ser uma implacável perseguição política orquestrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo governo Lula.
A iniciativa não é isolada: ocorre logo após o ex-presidente norte-americano Donald Trump declarar apoio irrestrito ao aliado brasileiro, afirmando que Bolsonaro está sendo atacado por um “sistema injusto”. Em sua rede Truth Social, Trump foi enfático ao dizer que o processo penal contra Bolsonaro deve ser encerrado imediatamente, posicionando-se de forma firme contra a postura adotada pelo Judiciário brasileiro.
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro já articulam uma ofensiva ainda maior, com entrevistas também para veículos europeus. A ideia é clara: pressionar o Brasil no campo diplomático e expor internacionalmente aquilo que classificam como uma cruzada autoritária do ministro Alexandre de Moraes e de setores do Palácio do Planalto contra a oposição.
Na contramão, o presidente Lula recorreu a uma entrevista com a jornalista Christiane Amanpour para tentar rebater o impacto da fala de Trump. Ao ser questionado, Lula minimizou o apoio do republicano, dizendo que Trump “não é imperador do mundo” e sugeriu que, se fosse brasileiro, também estaria sendo julgado por tentativa de golpe — uma comparação que não apenas acirra os ânimos, mas revela a tentativa de transferir a narrativa internacional para o campo da retórica.
Enquanto isso, Bolsonaro reafirma que nunca cogitou qualquer plano de golpe, e reforça que está sendo vítima de uma farsa jurídica baseada em suposições e alimentada por motivações políticas.
A guerra de versões agora ultrapassa as fronteiras brasileiras. E, diante da crescente visibilidade internacional, o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula terão que lidar com a crescente repercussão global de seus atos internos. A pressão pode estar só começando.
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*Com informações Metrópoles