Após rumores de que poderia trocar Mato Grosso do Sul por São Paulo e o MDB pelo PT para disputar o Senado em 2026, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reagiu com firmeza e negou qualquer articulação nesse sentido. Foi categórica: “Meu estado se chama Mato Grosso do Sul”.
A declaração vem na esteira de reportagens publicadas por veículos nacionais, que apontavam conversas dentro do PT sobre um possível convite à ministra para concorrer por São Paulo, onde ela teve 1,6 milhão de votos na eleição presidencial de 2022. A troca de domicílio eleitoral, segundo a própria, está fora de cogitação: “Não há a menor possibilidade de trocar de domicílio”.
Durante agenda em Campo Grande no mês passado, a ministra já havia admitido considerar uma candidatura ao Senado, mas reafirmou que essa decisão será tomada com base no que for melhor para o estado. “Se eu tiver que ficar até 31 de dezembro de 2026 como ministra, ficarei com orgulho, se isso for importante para Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Apesar do prestígio nacional e da boa colocação em pesquisas qualitativas, Tebet ainda enfrenta um impasse partidário: o MDB de Mato Grosso do Sul está cada vez mais alinhado à direita e tende a apoiar Reinaldo Azambuja (hoje no PSDB, de saída para o PL) ao Senado. Caso não haja espaço para ela na legenda, restariam dois caminhos: buscar apoio do MDB nacional ou aceitar o convite informal que circula nos bastidores do PT.
Fontes petistas confirmaram que a direção nacional cogita seu nome, mas que nada foi oficializado. A ideia seria medir o potencial eleitoral de Simone em São Paulo por meio de pesquisas internas antes de avançar nas conversas.
Tebet, por sua vez, reforçou seu compromisso com o estado que a projetou politicamente. “Sirvo a Mato Grosso do Sul independentemente de mandato”, declarou. Ela lembrou que concorreu à Presidência sabendo que não seria eleita, mas disposta a cumprir uma missão, como agora no Ministério. “A credibilidade que tenho não tem preço. Posso ter 1 voto ou 1 milhão, o que vale é poder andar de cabeça erguida.”
Por fim, a ministra reconheceu que será alvo de críticas e elogios, como aconteceu em Três Lagoas, cidade que já administrou como prefeita. “Isso faz parte da política, e estou satisfeita com os resultados das pesquisas qualitativas. Elas mostram que vale a pena seguir firme”, concluiu.
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*Com informações Correio do Estado