Em uma decisão que acirra ainda mais os ânimos no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a suspensão de todas as reuniões de comissões na Casa até 1º de agosto. O ato, publicado nesta terça-feira (22), mirou diretamente uma articulação de parlamentares bolsonaristas que pretendiam aprovar moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo durante o recesso parlamentar.
O movimento de Motta é visto como um recado claro: não haverá espaço para manobras políticas durante o período de recesso. Estavam previstas para esta terça reuniões estratégicas de duas comissões controladas por aliados de Bolsonaro — a de Segurança Pública, presidida por Paulo Bilynskyj (PL-SP), e a de Relações Exteriores, sob o comando de Filipe Barros (PL-PR).
Na pauta da Comissão de Segurança Pública estava uma moção de solidariedade a Bolsonaro, denunciando suposta perseguição política. Já na de Relações Exteriores, os deputados votariam dois requerimentos pró-Bolsonaro: um de apoio, assinado por Evair Vieira de Melo (PP-ES), e outro de louvor, proposto por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.
A decisão de Hugo Motta jogou um balde de água fria nos planos da oposição, que incluía parlamentares do PL, PP, PSD, União Brasil e Republicanos. O gesto, no entanto, pode ter o efeito contrário: a insatisfação entre bolsonaristas tende a se ampliar, criando um clima ainda mais turbulento no retorno dos trabalhos legislativos.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações Metrópoles