Quarta, 23 de Julho de 2025

Aliança pela reeleição de Riedel avança com 50% da chapa definida, mas vice e Senado ainda geram disputa

Com Riedel no PP e Nelsinho Trad garantido na disputa ao Senado, indefinições sobre o vice e pressões do MDB e do PT podem alterar configuração do grupo

22/07/2025 às 10h18
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A articulação para a reeleição do governador Eduardo Riedel ganhou força com encontros realizados no fim de semana em Bela Vista e Ponta Porã. A formação de uma ampla aliança de centro-direita já tem 50% da chapa majoritária encaminhada, com Riedel na cabeça, provável filiação ao Partido Progressista (PP) e Nelsinho Trad (PSD) garantido na disputa pela reeleição ao Senado.

O ex-governador Reinaldo Azambuja deve ocupar a segunda vaga ao Senado, candidato pelo PL, enquanto a vaga de vice-governador continua em aberto. O atual vice, Barbosinha (PSD), ainda não tem lugar assegurado na chapa e pode ficar de fora, caso não se filie a um dos partidos da federação que deve unir PSDB, MDB e Republicanos.

Entre os nomes cotados para a vice está o deputado estadual Marcelo Câmara (MDB), com a exigência de que o escolhido venha da região da Grande Dourados, como foi na eleição anterior. A vaga de vice é alvo de disputa interna, e a definição dependerá da costura partidária até o início de 2026.

A possível filiação de Eduardo Riedel ao PP também interfere diretamente nos planos do atual presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), que busca espaço na chapa majoritária. Com o governador já representando o partido, fica inviável uma segunda candidatura de peso no mesmo grupo.

Mesmo com o esboço da aliança bem definido, dois fatores externos podem provocar reviravoltas. O primeiro envolve o ex-deputado federal Fábio Trad, que deve se filiar ao PT em agosto e lançar candidatura ao governo do Estado. A movimentação coloca seu irmão, Nelsinho Trad, em situação delicada dentro da chapa governista, e há pressão para que Fábio desista da disputa para não dividir a família politicamente.

O segundo fator é a possibilidade de o MDB nacional pressionar pela candidatura da ministra Simone Tebet ao Senado. Embora o diretório estadual sinalize aliança com a direita, Simone tem forte influência dentro do partido em Brasília. Caso não encontre espaço na composição local, ela pode migrar para o PT e formar uma chapa majoritária com Fábio Trad.

A aliança em torno de Eduardo Riedel é hoje a mais sólida em Mato Grosso do Sul, mas segue vulnerável às movimentações partidárias e disputas internas que podem alterar o desenho final até a convenção.

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*Com informações Correio do Estado

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