Enquanto o governo Lula mantém silêncio sobre o tarifaço imposto por Donald Trump a produtos brasileiros, o Senado Federal se articula para tentar conter os danos econômicos causados pela medida. Liderando a missão parlamentar que embarca aos Estados Unidos no próximo dia 30, o senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores, deixou clara sua insatisfação com a omissão do Palácio do Planalto.
“O mínimo que eu podia tentar fazer é isso. Um tsunami desse passa na nossa frente e a gente tem a chance de mostrar protagonismo”, declarou Trad, que já foi prefeito de Campo Grande. A comitiva busca abrir diálogo com congressistas norte-americanos como tentativa de criar espaço para uma negociação futura com o governo Trump.
A senadora Tereza Cristina (Progressistas), ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro e nome respeitado no cenário internacional, também integrará a delegação.
Apesar do esforço institucional, o grupo será alvo de boicote anunciado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e pelo comentarista político Paulo Figueiredo. Ambos defendem que a punição econômica ao Brasil funcione como pressão para o Congresso Nacional votar projetos que anistiem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, a quem classificam como “perseguidos políticos”.
Segundo Nelsinho Trad, o Senado está fazendo a sua parte, mas o desfecho dependerá da atuação do Governo Federal — que até o momento não enviou nenhum representante para tratar diretamente com os americanos. “É um problema gigantesco. O Senado está se mexendo, mas o governo precisa fazer o seu papel”, reforçou o parlamentar.
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*Com informações Top Mídia News